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Final Veredictum: Defy - Of Mice & Men (Portuguese)

Já lá vai o tempo em que eu papava tudo o que vinha com o rótulo "Metalcore" atrás.


Eu sou da nova escola que só assistiu à decadência de Of Mice & Men após o (a meu ver) excelente álbum 'Restoring Force'. Não fui um grande fã de Cold World, tirando um ou outro single, mas das únicas coisas que me mantinham motivado era saber que não foi Aaron Pauley a sair da banda. 
Tudo bem que Austin Carlile (um dos membros fundadores da banda, e uma das vozes mais sonantes do metalcore na altura) saiu por motivos de saúde. Mas em termos artísticos não me soava bem, os berros dele davam uma aura muito negativa que Pauley e os outros elementos da banda não queriam dar continuidade. 
Então, com a saída de Austin, as coisas iriam ficar mais melodramáticas e 'Sunshine & Rainbow'? 
A resposta é 'meh, nem por isso'.

1. Back To Me:


Tão genérica quanto possível, não me pareceu nada de novo. Aliás, para os Of Mice & Men é. 
Não é que eu não goste, é que me soa bastante Feed The Machine dos Nickelback. A diferença é que eu esperava algo menos dos Nickelback e algo mais dos OM&M.

Mas desenganem-se se acham que esta música não fica colada na vossa cabeça. Está bem escrita e a voz do Pauley mexe bastante com a guitarra, parece que estão a dançar. Esta faixa é feita para isso mesmo, am I right?

2. Unbreakable:



Primeiro single que saiu depois da noticia da saída do Austin. Toda a gente queria saber o que Aaron conseguia fazer. 
Ainda meio às escuras, sabia que vinha dali algo bom, e não me enganei. Aaron mostra a capacidade que tem para berrar. Um berro muito pior que o de Austin em termos de técnica, mas acho que se encaixa muito melhor no feeling da banda do que o de Austin. 
E o breakdown faz-nos querer mesmo andar à porrada! O que é sempre um ponto positivo.

Um ponto negativo, e porque já vamos na quinta faixa do álbum, ainda não vi aqui uma escrita digna de poetas. Sinto um certo desleixe nesse aspeto. Clichê até dizer chega. E não melhora muito.

3. Warzone: 


Senhoras e senhores que procuram um álbum pesado, isto é o mais pesado que fica.
Pauley tenta fazer algo parecido aos antigos OM&M mas fica dificil de digerir quando percebemos que a voz dele não fica nada de especial no que toca a berros.
Boa tentativa, mas deixavas isto para o Austin.
Depois lembra-se de fazer um refrão lento que, esse sim, fica muito bom. 

Em termos de construção de guitarra, está repetitivo e eu não gostei. Adorei a bateria! Mas soa-me a metalcore dito "tradicional".

Fiquem-se pelas vozes limpas.

Para um álbum de metalcore, é genérico. Mas pelo menos é um álbum de metalcore. (não é como Asking Alexandria https://notabaixo.blogspot.pt/2017/12/final-veredictum-asking-alexandria-self.html
Decidiram jogar pelo seguro e não os culpo por isso. Acho que dentro do seguro, entregaram um bom álbum. Não foi nada de incrivel mas não queria que fosse. Este álbum, acima de tudo, era um teste para o Pauley e acabei a achar que ele está muito bem onde está. 
Deixo uma ressalva para futuros álbuns da banda, arriscar mais na melodia. Esquecerem o metalcore, não os acho capazes de lançar mais um álbum de metalcore. Este já tinha muitas faixas que me soavam muito a hard rock. Vão por esse caminho!


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