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FINAL VEREDICTUM: That's The Spirit - Bring Me The Horizon (Portuguese)

Eu nem sei em que categoria meto este álbum. É pop? É rock? É metal alternativo? Será que isso interessa assim tanto?


Deixem de lado o vosso elitismo, tanto as "Testemunhas de Metal" como os "EdgeLords". O álbum não está tão mau assim nem para um lado nem para o outro. Tenham a amabilidade de me acompanhar nesta entediante, no entanto, necessária viagem ao que é e outrora foi Bring Me The Horizon (que de agora em diante, e porque sou preguiçoso, serão denominados pela sigla BMTH).

O projeto nasceu em Sheffield, Yorkshire no ano de 2004. Na altura, eram uma banda de Deathcore, das melhores, segundo alguns peritos (putos de 14 anos ou clientes assíduos da Hot Topic).
Em 2006 lançaram o seu album de estreia, Count Your Blessings. De 2008 a 2013 a progressão foi feita de Deathcore para Metalcore até chegarem a um álbum mais melódico que foi Sempiternal, que já nem Metalcore era.
Com 2015 vieram novos rumos, novas ideias, novas vontades. Também veio um som ainda mais comercial e feito para agradar a grandes massas. A duvida não é se isto é para os fãs dos seus trabalhos anteriores, porque claramente que não é. A questão que se impõe é: Será que é bom o suficiente?


Começa com uma introdução pesada. Algo que parece tirado do mundo dos narcóticos, que conduz diretamente ao passado do vocalista, Oli Sykes, que teve problemas com as drogas. Doomed mostra exatamente esse problema, o problema do vicio. 
Nesta música damo-nos a celebrar a escuridão no dia a dia em vez de deprimir-mos com ela. 
Linhas como " The world's a funeral, a room of ghosts/ No hint of movement, no sign of pulse" transmitem uma sensação de que 2007 foi ontem e que as franjas e as correntes não ficaram no passado. 
Ainda assim, a sonoridade é mais bonita e bem composta, graças ao trabalho maravilhoso do teclista Jordan Fish que volta a dar cartas.
O refrão ainda reforça mais a ideia que este álbum parece ser um Emo anthem. Talvez esteja enganado, mas não me parece.

Uma música romântica vinda de uma banda que tratava pior as mulheres que o vocalista tratava das cordas vocais? Wow, as voltas que a vida dá. 
Estamos perante uma música que podia muito bem passar pela rádio. Uma música rock sem muito conteúdo digno de ser analisado com precisão. 
Ainda assim é catchy e não é mal interpretada, está até bastante boa e bem composta, a voz está melódica e ao mesmo tempo rasgada, mostrando um vocalista mais versátil que em Sempiternal, onde ele já se mostrava bastante versátil. Isto é dizer o bastante.

Esta é uma música para aqueles que se querem sentir novos outra vez. Mas critica-os. 
É uma música "dansável" mas critica todas as músicas "dansáveis".
Isto é uma música pop num álbum que se recusa a entrar no mundo pop. 
Esta faixa é uma confusão, como nada comparável a este álbum. Sendo a faixa mais fácil de digerir, é também aquela com o conteúdo mais difícil de digerir, tornando-se bastante contraditória.
Nem o videoclip faz sentido...



No final, Bring Me The Horizon entregaram um álbum que está mais para uma salada de frutas com franja do que um hino à boa música que eles fazem. Está mau? Hell no!
Mas desenganem-se os fãs que, como eu, consomem este álbum com unhas e dentes. É discutível qual é o melhor álbum que a banda britânica compôs, no entanto, é indiscutível o facto de não ser este. 
Tentaram ser populares. Tentaram ser rockstars. Tentaram ser relevantes. Tentaram ser falados. Tentaram um monte de coisas, e por essa mixórdia de tentativas, dou a este álbum um sólido:


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