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FINAL VEREDICTUM: Machine Head - Catharsis (Português)

Os Machine Head são uma das bandas mais reconhecidas quer pelo seu trabalho de estúdio, quer pela intensidade dos seus concertos. É inquestionável o seu legado com álbuns como The Blackening ou Burn My Eyes, no entanto não é desses álbuns que vamos falar hoje, mas sim de Catharsis.


Este lançamento ficou um pouco marcado pela controvérsia. Isto não é novidade para os fãs da banda. Todos nos lembramos da critica de Rob Flyn a Phil Anselmo. Mas neste caso a controvérsia foi outra, este álbum começou logo a perder a atenção de alguns fãs, assim que a banda anunciou que iria seguir um estilo diferente, abandonando os elementos mais pesados pelos quais eram conhecidos. Tantas vezes que já vimos mudanças de estilo correrem mal, no entanto deu-se o benificio da dúvida e aguardou-se por mais novidades e heis que a banda lançou Catharsis, a música que dá nome ao álbum. Esta criou alguma divisão entre os fãs, houve quem gostasse e quem detestasse este novo registo dos Machine Head. Mas não é por esta música que vamos começar a analisar este álbum, mas sim por Volatile...

Esta é a música que abre o álbum e os Machine Head começam logo a abrir.
Volatile é uma música rápida, podendo mesmo dizer-se veloz em alguns momentos, no entanto não é trash metal, nem é nu metal, apesar de muitos dizerem que tem bastantes semelhanças com músicas de uma outra banda, os Slipknot. Eu acho que isso não interessa muito, categorizar Volatile é um desperdicio de tempo, porque a música na realidade tem diversas influências isso é inquestionável, mas mantem o registo pelo qual os Machine Head são conhecidos e no final é uma música bem conseguida, tanto a nível de voz, como instrumental.




Aqui é onde os problemas se começam a notar de forma acentuada, esta música tem vários segmentos de rap mas que não funcionam de forma coesa com o instrumental, que até está bem conseguido. O problema é que o conteúdo lírico é genérico e esta música não causa qualquer impacto, à exceção do breakdown e de alguns gritos de Rob Flyn que conseguem captar a nossa atenção por breves instantes, mas o resto desta música é apenas uma tentativa falhada de voltar aos tempos de The Burning Red e Supercharger álbuns em que a banda tinha um registo Nu Metal.





Esta música não vai agradar a todos. Bastards é uma mensagem para os filhos de Rob Flyn que começa de forma calma e com um registo acústico e melódico, mas na parte em que as guitarras entram e o ritmo sobe, podemos perceber que é também um grito de revolta por os filhos terem que viver neste mundo injusto. A música tal como este álbum tem uma forte mensagem política e reacionária que pode não ser do agrado de todos. Mas no geral é uma música com um bonito registo acústico e uma mensagem importante, pois fala dos problemas de racismo e dos conflitos que a américa atravessa e acaba por ser uma mensagem de apelo à paz e a que aprendamos a aceitarmo-nos uns aos outros e a respeitarmos as diferenças de cada um. 
"Yesterday I told my sons sometimes the bad guys win", não é fácil explicar a uma criança que o mundo não é perfeito e no meu ponto de vista tudo o que seja criar músicas que façam com que os mais novos oiçam metal é bom e Bastards é um pouco isso, uma lulaby para a nova geração mais nova e ingénua e que terá que lidar e enfrentar um mundo cheio de bastards.



Este álbum não é fácil de analisar, a verdade é que se fosse lançado sem algumas músicas, era um álbum melhor. Quantidade não é qualidade e este álbum perde muitos pontos por ter demasiadas músicas que não faziam falta em vez disso, porque é que não incluiram o single Is There Anybody Out There?, que é muito melhor do que a maioria das músicas neste álbum. Há demasiados elementos que não ligam bem e que não fazem sentido. Catharsis é um álbum confuso e sem uma direção definida, não vai agradar a todos, tem algumas músicas bem conseguidas, mas no geral são mais as músicas que acabam por falhar.