Final Veredictum: Sepultura - Quadra
O Sepultura é uma banda brasileira mundialmente conhecida, tendo iniciado suas atividades em 1984 e em fevereiro de 2020, a banda lançou o seu 15° álbum de estúdio.
Entre sucessos e insucessos, o Sepultura se tornou referência no Metal e nos últimos anos, a banda vem amadurecendo musicalmente até chegar ao novo disco (Quadra).
A banda é composta pelo vocalista Derrick Green, o guitarrista Andreas Kisser, o baixista Paulo Jr. e pelo baterista Eloy Casagrande.
O guitarrista, Andreas Kisser comentou sobre a ideia deste álbum: “Quadra, é a palavra em português para ‘quadra esportiva’ que, por definição, é uma área limitada de terra, com demarcações regulatórias, onde, de acordo com um conjunto de regras, o jogo ocorre. Todos nós viemos de diferentes Quadras. Os países, todas as nações com suas fronteiras e tradições; cultura, religiões, leis, educação e um conjunto de regras onde a vida acontece. Nossas personalidades, o que acreditamos, como vivemos, como construímos sociedades e relacionamentos, tudo depende desse conjunto de regras com as quais crescemos: conceitos de criação, deuses, morte e ética. Dinheiro, somos escravizados por esse conceito. Quem é pobre e quem é rico, é assim que medimos pessoas e bens materiais. Independentemente da sua Quadra, você precisa de dinheiro para sobreviver, a regra principal para jogar esse jogo chamado vida. Daí a moeda. A moeda é forjada com o crânio do senador, que representa o conjunto de regras e leis pelas quais vivemos; o mapa do mundo delimitando as fronteiras de todas as nações, linhas imaginárias separando as pessoas por conceitos de raça e de sagrado”.
Vamos ao som: Na primeira faixa,“Isolation”, a primeira coisa que pensei: Opa, tem alguma coisa diferente aqui. Nos primeiros segundos, tem alguns efeitos que te prendem de um jeito estranho, como se algo muito importante fosse acontecer e após um pouco mais de 1 minuto, começa o show. É pesado, agressivo e técnico. Sepultura está no topo novamente, tenho certeza.
A próxima “Means To An End” é uma mistura de nostalgia do Sepultura dos anos de 1990, só que evoluído. Bruto e melódico ao mesmo tempo. É inusitado, esse é o diferencial. Não dá tempo de respirar com “Last Time”, o guitarrista Andreas Kisser e o vocalista Derrick Green mostram seu poder, este álbum tem potencial de ser tornar um clássico em alguns anos.
“Capital Enslavement” é uma faixa imprevisível, são elementos inusitados que só o Sepultura sabe fazer, dessa vez de uma forma impressionante. Em “Guardian Of Earth” com mais de um minuto ao som de um violão intenso, seguido de um coral e de repente o vocal seguido de um som furioso.
Se você espera ouvir o Sepultura antigo, vou te dizer: ele não existe mais, eles evoluíram e isso foi bom, pois o resultado está incrível. Talvez seja necessário ouvir mais de uma vez para absorver o conceito.
Tracklist: