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Xplore The Classic: Demigod - Behemoth

Para uns, o melhor álbum de Black Metal já feito. Para outros, uma barulheira sem pés nem cabeça. Quem tem razão? 
Behemoth, uma banda já antiga. Já estão em atividade desde 1991... é, eles já não dão para novos. Mas ainda assim estão aí para partir tudo.São originários da Polónia. Nergal, o guitarrista e vocalista da banda, é o único membro original e começou nestas andanças com 15 anos. Com 15 anos eu ouvia My Chemical Romance e Paramore, respeito!
Lá para 2004, Nergal andava numa onda meio depressiva. Mas nem isso fez com que Behemoth, perdessem o foco e entregaram-nos Demigod, um álbum que nos presenteia com do Blackened Death Metal da qual passaram a ser marca. Já para não falar de instrumentais trabalhados e uma produção cuidada, o que nos permite ouvir tudo com clareza. 
Este álbum é considerado um dos grandes álbuns do Black Metal. Será que merece a honra?

1. Sculpting The Throne Ov Seth:


Podem notar um instrumental cuidado, frenético e que mostra que Behemoth é uma banda bem coesa quando o assunto é composição. As guitarras não falham e a voz... 
Nergal é sem dúvida uma besta nos vocais e já tive o prazer de ouvir The Satanist para o confirmar. Neste álbum ele não falha. Claramente usa-se dos engenhos da tecnologia sonora para dar uma maior veracidade à besta que ele tenta criar e acho que isso não é razão para simplesmeste acharmos que não presta ou não é tão bom. Nesta faixa em particular é impossível ouvirmos o refrão sem querer-mos partir aquela jarra chinesa que a nossa avó tem na sala e ver os estilhaços a cair no chão.
A letra é outra grande carta dos Behemoth que jogam com um tema para chegar a outro, típico do Black Metal. 
As guitarras parecem estar pesadas, nada de especial. O instrumental não me pareceu inovador nesta faixa. Nem o solo, que geralmente é a parte onde eu me rendo, foi algo por aí além. Está bom.


Speak ov me not as one

Speak ov me not as none

Speak ov me not at all

For I am continual

2. Demigod: 



Começa com uma trombeta, como as grandes batalhas da idade média, para se seguir o confronto. Finalmente, um riff de deixar o queixo caído. Muito bom início de faixa. O blast-beat e a conjução com as guitarras fica lindamente, até o baixo fomenta o confronto. Mais uma vez, os vocais não perderam nada e deixam-nos com as visceras aos saltos.  
O único problema é soar sempre ao mesmo. Tirando o início, mais arriscado, a faixa é sempre igual. O que começa a fazer mal ao álbum.

3. Slaves Shall Serve:



O melhor início de música de sempre! Não estou a brincar! Ouve-se do fundo algo como: 


Khrevsu tvahyu gradu tore!Krevsu kvatro midvhu piedhvro!Khrevsu Kristo midvhu vhradro!Medvro vhtrienn utrah vreghgrho!

Depois despara para mais um blast-beat com muita força. Esta é francamente a música que te vai fazer mexer esse pé, no mínimo. É uma faixa muito coesa. 
Nada a dizer de novo e se querem ouvir alguma faixa do album à toa só para experimentarem, tentem ouvir esta. 
Não é fácil, o ouvido menos treinado não gostará. Mas depois adorarão! Vão ver!


Há muita experiência mas é mais em questões técnicas com a voz de Nergal e com os efeitos das guitarras, nada que distorça o som ou que o deixe mais Black. Para uns isso é mau. Para mim é excelente, demonstra que esta banda tem mais para mostrar do que o simples "sentimento em estado bruto" que outras bandas de Black Metal mostram como Mayhem ou Bathory. Esta é uma banda mais comercial no lado Black. Não me queiram morto já, deixem-me explicar. Behemoth quer, de um certo modo, evoluir o seu som, e para o fazer, resolveu evolui-lo tecnicamente, com artimanhas técnicas que são pouco perceptíveis isoladamente, mas demonstram uma coesão e uma forma mais limpa de se fazer Black Metal. Este album é a sua apoteóse. Acho, sinceramente, que este álbum foi algo de muito bom para a altura. Sem dúvida! Ele é um excelente álbum e uma peça de arte para casa. Acho que a capa está muito fixe! Mas há pequenas falhas "pessoais" que acabam por me incomodar num todo.



Não acho que seja uma masterpiece, tem momentos. Tem realmente momentos de genialidade da banda onde há uma notória remada contra a corrente do Black Metal e graças a eles um novo som surgiu. Algo mais calmo que o tradicional Black Metal e mais pensado. Não obstante, momentos de monotonia e repetição fizeram-se prever neste álbum, o que o lançou um pouco para trás.
Se gostaram de ouvir este álbum, aconselho vivamente a ouvirem o mais recente, The Satanist:


Ainda assim é um álbum incrível pela carga emocional que é depositada. Mas vamos ser sinceros, não são todos os álbuns de Black Metal?


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