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Final Veredictum: Urn - Ne Obliviscaris

Já não sabia o que era um violino no metal desde que ouvi a 'I don't care' dos Apocalyptica.

Tive a graça de me pedirem a review deste álbum (vocês também podem pedir, mandem mensagem por facebook: https://www.facebook.com/notabaixo/), a qual eu fiz com gosto pois já ouvia falar desta banda. Nem percebi bem o porquê e achei que fosse por eles terem passado muito tempo sem lançar nada. Afinal é mesmo pela qualidade que esta banda se destingue. Ah! E pelos violinos.
Esta banda foi formada em 2003, mas só em 2012 lançaram o seu primeiro álbum, Portal of I. 
Urn é o terceiro álbum da banda australiana de Extreme Progressive Metal (o que quer que isso signifique).

1. Libera (Part I) - Saturnine Spheres:

A princípio confundirá muitos com um instrumental com direito a violino como tinha dito na introdução. Nisto, progride para uma guitarrada em cima do mesmo riff e progride para algo completamente diferente do anterior. A voz entra nessa parte e é uma voz mais limpa que intercala com um berro. A principio não gostei da ideia, e no papel não fica mesmo mal. Graças a qualquer divindade que acreditem ou não, o caso não se verificou e temos vocais muito bem arranjados. 
E o instrumental. Temos bandas que fazem do metal orquestra, e não falham. São bandas que o fazem à anos. Estou a pensar em Dimmu Borgir e Appocalyptica. Mas Ne Obliviscaris é algo de muito bom. 

Uma pequena nota: Libera part II- Ascent of Burning Moths é o acabar da faixa com um simples instrumental que parece retirado dos tempos de Mozart. Sério! Aquilo está classy (com e sem "c" #SorryForThePun)

2.Intra Venus:


As músicas tem todas a mesma estrutura, o que pode provocar uma sensação de repetição se não for bem trabalhada. Ne Obliviscaris claramente sabem o que fazem e apresentam-nos com uma sensação que eu não estava à espera de encontrar: a de continuidade. Cada música é a continuação da outra, até aquelas que não são partes de uma faixa anterior como Libera ou Urn que tem parte um e dois.
Aqui já temos muito mais o clima de uma música épica e não tanto o Neo-Classic Metal. Aqui estamos perante algo que eu nunca vi. Cleans, growls, violinos, guitarras com arranjos tipícos de Progressive Death Metal e ainda temos direito a um blast beat. Esta pode ser a vossa porta para o mundo de Ne Obliviscaris. Está brilhante, como todo o álbum, diga-se de passagem.

3.Urn(part I e part II):



Não se iludam pelo tempo que possam ter de ouvir isto. Não é uma música de Dream Theater, isto começa logo a bombar, mas estamos perante alguém que tem capacidade de escrever. 
Ainda não tinha falado disso porque achei que onde eles se destacaram foi nas faixas pertencentes a Urn, as duas ultimas:  And Within the Void We Are Breathless & As Embers Dance in Our Eyes.
Ora vejam o que vos digo: 

Nebulous skin of change… reflecting
Seething dead eyes
Drowning within two black mirrors
The writhe of our stained-glass angels
Diaphanous
Pale tongues upon our spines
Behold, star-crossed, moribund
Fleeting, the fall… to our funeral
As moths' bleed from our wounds of faith
All light wanes
And upon our open palms are dreams of ash and ember
Beneath aqueducts, anointed... we transfigure
And within the void we are breathless, we are delivered
A crown of coal-black eyes, tendrils of shadow
Breathless, beloved, godless... we are home
Beneath aqueducts, anointed... we transfigure
And within the void we are breathless, we are delivered
And within the void we are breathless

A este ponto já se torna repetitivo dizer o quão completo este álbum soa. Não estou perante um álbum comum e acho que pela primeira vez neste blog (e espero que não a última) vou dar esta magnifica nota:


Senhoras e senhores, estamos perante um dos melhores álbuns que estes meus ouvidos já tiveram o prazer de degostar. Dou ao álbum Urn a nota máxima! Acho que por hoje estamos conversados e vão mas é ouvir esta obra-prima! Já!!!
Mas primeiro vão deixar um like na página do Facebook e partilhem com os vossos amigos esta análise para que eles também entendam o porquê de isto ser tão bom!