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XploreTheClassic : Sad Wings Of Destiny - Judas Priest

Bem, não se pode olhar para o futuro do Metal sem se olhar para o passado. Hoje o tema é um dos grandes da criação do Heavy Metal. Em 1970 eram poucas as bandas do recem criado "Heavy Metal" de Black Sabbath com elementos de Led Zeppelin e até de Screamin Jay Hawkins. Quando o mundo já conhecia sucessos como os Deep Purple e sabia-se que a Europa era capaz de produzir um som mais agressivo. Eis que entram os Judas Priest que, afastando-se de todas as outras bandas com um claro "pé" ainda nos blues e na fórmula 1/4. 
Judas Priest, com o lançamento do seu segundo álbum "Sad Wings Of Destiny", já procuravam um som mais Heavy Metal que se distanciava muito dos riffs experimentais de Black Sabbath na época e dos instrumentais medievais de Rainbow. 
Foi com Sad Wings Of Destiny que uma nova era do metal começou.


1. Victim of Changes:

Whiskey woman , dont' you know that you're drivin' me insane
As coisas não podiam começar de outra maneira para Judas Priest. Fortes influências de psicadelismo dos anos 70 conjugados com uma demanda por uns novos Black Sabbath. Esta faixa demonstra tudo isso mas mais orquestrado. Não há uma desorganização caracteristica do inicio do metal. Provava-se que o metal procurava um som pesado mas coeso. Victim Of Changes é uma progressão interessante de diversos ritmos. Muito diferente de Rocka Rolla, um álbum de lançamento e pouco orientado para o "Metal" que aqui se fez.

2. The Ripper:


Pais de um som mais trabalhado e senhores de riffs que me fizeram questionar o ano em que saiu. Não quis acreditar que foi em 1976. Envelheceu que nem vinho, que magnifico. Uma salva de palmas a Rob Hallford que entrega aqui uma atuação que acentua a composição tenebrosa. O riff inicial desta música ficará para sempre na minha memória. E na de muitos metalheads.

3. Epitaph:




Momento "WTF?!". Fiquei com a sensação que algo aqui não fazia sentido. 
As guitarras aqui descansam e a voz de Hallford faz uma aparição grave que não é, de todo, a sua imagem de marca. Fica esquisita e até o piano não encaixa bem no tom do álbum. Fiquei desapontado com o resultado.
Epitáfio pode ser aquela frase cheia de significado escrita num túmulo. Sabiam eles que isto ainda era o início. 
Epitaph não é o final e ainda bem.


Judas Priest ainda tinham muitas cartas para dar, e com os 80's e 90's tinham sempre cartas na manga e acabaram a lançar grandes pérolas para o mundo metal.

*A escala Xplore funciona de uma maneira diferente da Veredictum. Aqui é avaliado o álbum como um todo e na atualidade. Não nos preocupamos com o contexto histórico. Avaliamos se o álbum envelheceu bem.*


O que dizer deste álbum? Tirando Epitaph que está... ridicula. O resto de Sad Wings Of Destiny parece retirado de um álbum de hoje em dia e isso só quer dizer que Judas Priest moldaram mesmo não só os mais antigos como os mais novos. E este álbum é uma excelente prova disso. 


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