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Final Veredictum: Upcoming Reality - Trepid Elucidation

Adoro grandes instrumentais e não me interpretem mal, gosto sempre de um pig squeal e tal. Mas Trepid Elucidation ainda tem muito para crescer.

Oiçam esta beleza e digam-me o que acham:



Primeiramente, deixem-me dizer-vos isto com muito orgulho. Estes rapazes vêm de onde eu nasci, o que é sempre uma mais valia (mentira, eu avalio a qualidade e não a naturalidade ;) ).  
Trepid Elucidation é uma banda de Technical Death Metal que começou a sua atividade lá em 2012 em Lisboa com o baterista Francisco Marques. Outros membros são Diogo Santana (voz, guitarra), João Jacinto (guitarra) e Renato Laia (baixo). Depois de alguns anos tocando nos festivais de "underground metal" de Portugal, a banda finalmente lançou o seu primeiro álbum "Upcoming Reality" através da Mosher Records.

Antes que me queimem vivo que nem uma pretensiosa a bruxa, Technical Death Metal é um termo usado para descrever bandas no sub-género de Death Metal que se focam mais na técnica. Estes gajos são uns nerds de música, o que contribui para uma musicalidade cheia de tempos quebrados, atonalismos, cromatismos e outras coisas que eu não faço ideia do que sejam (nem sei estas que acabei de enumerar). Geralmente os vocais são mais agressivos e tão ou mais rasgados que no Death Metal "tradicional", o que pode provocar um total desinteresse da malta alheia a esta onda. Who cares? Vou mas é passar para a parte boa.

1. Unquestionable Death:

Começa lento mas já introduz uns sons de máquinas futuristas (ou vamos fingir que é isso). 
Eis que a música per si começa e a dança de guitarras começa, está lindo nesse quesito. O melhor fica por conta da bateria que está perfeita. Mas a voz... ai a voz... eu entendo que tenha de ser algo death. Mas a voz parece que tira algo à música visto que é sempre a mesma coisa, os malditos pig-squeals. Não gosto, mas acho sempre que fica pela opinião pessoal. Mas volto a ressaltar, instrumental brutal. 

2. Upcoming Reality:

O que dizer do instrumental que mais uma vez está no ponto? Parabéns a todos os elementos do grupo! Agora o profissionalismo e vou fingir que não sou fã.
Riffs encarregues de dar uma carga dramática e começamos a observar que a voz serve mais como um instrumento secundário do que propriamente uma ferramenta de elevação da música, isso fica a cargo da guitarra que faz "a hell of a job". As mudanças de ritmo contribuem para a não monotonia e a tecnicalidade está sempre presente, não se sente um desleixo. 
Voltando ao fanatismo: Yey!



3. Dimished Into A Spacetime Interval:

Aqui, vão-me perdoar, mas eu consigo ver no inicio claras influências de trash, mais precisamente de Megadeth.
Depois temos uma faixa mais doom, riffs mais pesados e alongados mas a mesma tecnicalidade. Acabam por ir dançando entre generos, o que dava aso a fazer desta uma faixa mais fraca. 
Nada disso! Está uma faixa concisa e bastante boa! Arrisco-me a dizer a melhor do álbum só pelas influências de trash. 😋 



4.5/5
A técnica está lá e o som é pesado. Trepid Elucidation provam-nos com o seu primeiro álbum que não estão para brincadeiras. Ainda bem que existe a Mosher Records para nos lembrar que existe boa música em Portugal. A única coisa que não gostei tanto foi a voz, mas assim que arranjei propósito para ela, acho que se encaixaria bem se não fosse dado tanto destaque. Fico à espera de mais alguma coisa desta banda e tornei-me fã.

Serviço público (já que não me pagam para fazer isto), se querem ver este género de bandas: https://www.facebook.com/events/723084504524972/