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FINAL VEREDICTUM - SOUL OF ANUBIS - The Last Journey

Ao entrar numa pesquisa por bandas nacionais que tivessem lançado recentemente um álbum, deparei-me com esta banda, os Soul Of Anubis, da qual já tinha ouvido falar assim por alto. Dei uma espreitadela à página da banda e verifiquei lá que tinham na descrição "sludge" e "doom". Hum, será mesmo? Bom "sludge" não se encontra assim em qualquer lado, por isso optei por ir escutar este seu último trabalho "The Last Journey". E ainda bem que o fiz porque é "sludge" do bom.
Então? Que dizer? Começam por pegar em "Beyond the Plague" e atiram-nos com o peso, do peso, de um "slugde" mesmo lamacento e espesso, dando a premissa de que vem aí pelo álbum "riffs" ultra pesados e arrastados, a roçar o "doom", que o baixo vai agravar e afundar esta sonoridade toda e deixar-nos de sorriso feito com a junção de uma bateria entroncada e forte na sua batida, veja-se o caso de "Black Mountain". Aquela bateria faz-nos estremecer. Ali até andam a namorar uma boa "thrashada" assim por dizer. Aproveitem para escutar aqui o video oficial do tema.

Podemos dizer que esta banda, originária de Santa Maria da Feira, com Rui Silva na bateria, Hugo Ferrão na Guitarra e voz e com Speeds Almeida no baixo, é um trio, mas um trio que produz barulho do bom!! Temos equilíbrio na guitarra e baixo, nenhum se sobrepondo ao outro, estando em excelente harmonia. E que dizer da voz de Hugo Ferrão? Por todo o álbum um rosnar enraivecido e vocalizações guturais de nos fazer parar para escutar. Berra fúria, frustração e ódio pelo álbum que quase se pode dizer que a sua voz também cai na categoria "sludge", pesada, lamacenta e espessa. Como se pode constatar aqui no tema "Shade Of Oblivion", que podem escutar em baixo.

Os Soul Of Anubis, com este mais recente trabalho provam que dão cartas numa sonoridade pesada e progressista, experimentando com algum "thrash", "doom" e "sludge", não sendo vincado em todo o álbum um género só. Em alguns temas colocam a sexta a fundo e arrancam com velocidade nos seus "riffs", noutros jogam com bateria/guitarra a lembrar o "thrash" e ainda têm tempo para  experimentarem com o "doom". Não sendo um álbum de pontuação máxima, a atribuição de 4 caveiras tem o seu mérito. A banda tem espaço para crescer e melhorar ainda mais a sua sonoridade, ou seja aperfeiçoar o seu "sludge" (que já é muito bom) e talvez num próximo já nos tragam uma maior evolução. de qualquer forma o álbum cativa a atenção, entrega boa música e permite-nos pelos seus 8 temas passar bons momentos, sem que haja lugar para muita conversa do que é bom ou mau. Banda e álbum mais que recomendado e tome atenção que se desejarem o cd físico, tomem atenção que são de quantidade limitada. Se quiserem visitem a banda no facebook aqui.