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Final Veredictum: Sepultura - SepulQuarta

 


Imagino que o Sepultura é uma banda que dispensa maiores apresentações para boa parte do público headbanger, correto? Então certamente, muitos de vocês sabem que em 2020, por conta da impossibilidade de realizar turnês por conta da pandemia da Covid-19 (ainda mais levando em consideração que eles tinha acabado de lançar o “Quadra”), o maior nome do metal brasileiro promoveu a “SepulQuarta”, um programa semanal exibido todas as quartas-feiras no canal da banda no Youtube, onde os integrantes entrevistavam convidados, e depois exibiam “Quarantine Sessions” também com convidados (lembrando que nem sempre os convidados das entrevistas e das Sessions eram os mesmos).

Após eles encerrarem o programa, como forma de manterá banda movimentada, o Sepultura decidiu pegar as Quarantine Sessions, selecionar algumas, remixa-las, e lança-las em um novo álbum intitulado “SepulQuarta”, que veio a público em meados de agosto.



Antes de tudo, que questiono chamarem esse álbum de “álbum ao vivo”, já que em nenhum momento os músicos tocaram juntos ao vivo, mesmo que sem plateia, já que cada um gravou suas respectivas partes separadamente, mesmo que de forma mais caseira.

Por ser basicamente uma coletânea de músicas já conhecidas do Sepultura, mesmo que com participações especiais, não temos nenhuma novidade musicalmente, apenas o fato das faixas terem sido regravadas de forma caseira.



Mas por se tratar de músicos experientes e com relevância no mercado, até mesmo as gravações “caseiras” soam bastante profissionais, principalmente em relação as guitarras e aos baixos. A bateria ainda soou mais crua, mas imagino que isso tinha sido um pouco intencional dada a proposta da ocasião.

Enquanto aos vocais especificamente do Derrick Green, fica claro em faixas como “Territory”, “Slave New World”, “Inner Self” e “Sepulnation” que ele não soltou sua potência total, e que tentaram compensar isso deixando a mixagem da sua voz mais suja. Provavelmente ele teve problemas para soltar mais a voz por estar cantando em casa (e eu como vocalista entendo muito bem esse problema).



Os destaques do álbum ficam para, primeiramente, a versão de “Hatred Aside” com Fernanda Lira (ex-Nervosa, Crypta), May Puertas (Torture Squad) e Angélica Burns (Hatefulmurder), para “Mask” com Devin Townsend, “Phantom Self” com Mark Holcomb (Periphery), e “Kaiowas” com Rafael Bittencourt (Angra), essa última por ter sido uma quebra em meio a tantas faixas de peso.



Definitivamente, o “SepulQuarta” será um bom item para aqueles colecionadores mais assíduos, já que como eu falei anteriormente, não é um trabalho que traga novidades.


1. “Territory” (feat. David Ellefson)
2. “Cut-Throat” (feat. Scott Ian)
3. “Sepulnation” (feat. Danko Jones)
4. “Inner Self” (feat. Phil Rind)
5. “Hatred Aside” (feat. Angélica Burns, Mayara Puertas & Fernanda Lira)
6. “Mask” (feat. Devin Townsend)
7. “Fear, Pain, Chaos, Suffering” (feat. Emmily Barreto)
8. “Vandals Nest” (feat. Alex Skolnick)
9. “Slave New World” (feat. Matthew K. Heafy)
10. “Ratamahatta” (feat. Joao Barone & Charles Gavin)
11. “Apes Of God” (feat. Rob Cavestany)
12. “Phantom Self” (feat. Mark Holcomb)
13. “Slaves Of Pain” (feat. Frédéric Leclercq & Marcello Pompeu)
14. “Kaiowas” (feat. Rafael Bittencourt)
15. “Orgasmatron” (feat. Phil Campbell)