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Track Attack: Slipknot - The Chapeltown Rag

 


Passaram dois longos e difíceis anos desde o lançamento de We Are Not Your Kind, à semelhança da banda também todos nós começámos a usar máscaras, o mundo tal como o conhecíamos modificou-se completamente e teve de se adaptar a uma nova realidade para a qual ninguém estava preparado.
Lamentavelmente e para grande tristeza de toda a comunidade do Metal em todo o mundo a família Slipknot perdeu um dos seus mais adorados e talentosos membros, falamos claro de um dos melhores bateristas de sempre Joey Jordison. Numa sentida homenagem ao seu amigo de longa data, os Slipknot na sua atuação no Knotfest, enquanto eram lançados foguetes em forma de celebração e ao som da música Till We Die, transmitiram num grande ecrã imagens dos eternos Joey Jordison e Paul Gray que tal como Jordison, infelizmente já não se encontra entre nós, mas os dois serão para sempre parte da história dos Slipknot.


Mas uma coisa é certa, apesar desta triste realidade, a música dos Slipknot não perdeu nem intensidade nem peso, antes pelo contrário.
A banda foi nos despertando a curiosidade com teasers e até um site de NFT's com mensagens subliminares, até que foi finalmente revelado o novo single, "The Chapeltown Rag".
Em entrevista, Corey Taylor revelou que a música é inspirada pela série da Netflix The Ripper que conta a história de Peter Sutcliffe, o assassino em série que assolou Chapeltown na Inglaterra, um suburbio na cidade de Leeds, West Workshire e ficou conhecido como "Yorkshire Ripper.
Ao invés de se concentrarem no assassino, de acordo com a história do documentário, Corey inspirou-se no facto de o jornal local, comummente denominado de rag, e o próprio detetive investigarem apenas as vitimas que eram maioritariamente prostitutas e mulheres rebeldes e apenas se focarem nos seus atos de leviandade, o que levou a que o processo judicial levasse 5 anos a ser concluído. Corey aproveitou esta história para fazer um paralelismo com o impacto das redes sociais atualmente nas nossas vidas e foi assim que surgiu a inspiração para "The Chapeltown Rag".
Além de nova música, tal como de costume os Slipknot apresaram novas máscaras referentes a este novo álbum, cujo nome ainda não foi revelado.


Instrumentalmente é uma música que me faz lembrar "Gematria (The Killing Name)" de All Hope Is Gone, com bastante destaque para a bateria de Jay Weineberg, que apresenta bastante blastbeats à semelhança de "Eyeless", talvez como forma de homenagear a importância da bateria na sonoridade de Slipknot e como uma homenagem subliminar a Joey Jordison.
As guitarras são frenéticas e existe uma alternância entre os vocais mais rispídos e cáusticos de Corey e o refrão onde são utilizados clean vocals como forma de o tornar mais memorável, existe também a presença do fast flow característico bastante presente principalmente no primeiro álbum da banda mas também um pouco por toda a sua discografia, então podemos mesmo dizer que "The Chapeltown Rag" vai beber inspiração um pouco por toda a discografia de Slipknot.
A percussão de Clown ouve-se bastante trazendo aqui um tom mais metálico e industrial à música como já é costume dos Slipknot e claro que Sid Wilson traz-nos também o seu scratch e eletrónica que ajudam a compôr "The Chapeltown Rag".