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Final Veredictum: Between The Buried And Me - Automata I & II


Os Between The Buried And Me são uma banda americana de Metal Progressivo da Carolina do Norte, mais concretamente Raleigh.
A banda é composta por Tommy Giles Rogers Jr., vocalista e teclista, Paul Waggoner, guitarrista e vocalista secundário,  Dan Briggs, baixista e teclista, Blake Richardson, baterista e Dustie Waring na guitarra ritmica.
Eu descobri esta banda, há cerca de três anos, ao ler um artigo sobre o seu álbum anterior, Coma Ecliptic, na revista portuguesa, Loud e decidi ir ouvi-los.
Surpreenderam-me por várias razões, pela sua capacidade de conjugar cleans e screams com sons dispares que normalmente não associamos à música pesada, mas também pela complexidade de tudo aquilo que compõem e obviamente pela forma como conseguem fazer com que toda a experimentação que realizam, no final resulte e soe de forma harmoniosa e melódica.
Este ano este quinteto anunciou que iria lançar um novo álbum pela Sumerian Records, mas que iriam fazer algo diferente, lançando um álbum dividido em dois discos e com duas datas de lançamento distintas.
Esse álbum é Automata I lançado a 9 de Março & Automata II lançado a 13 de julho.
Vejamos então o que Automata I & Automata II têm para nos oferecer.

Automata I

Automata I tem 6 faixas mas ficou um pouco aquém daquilo que eu esperava.
A nível de duração das músicas existe uma grande disparidade entre músicas.
Enquanto que Gold Distance tem a duração de um minuto e um segundo, Blot, ultrapassa os dez minutos, sendo também a música mais pesada desta primeira parte.
Se falarmos individualmente das músicas de Automata I, as que mais gostei foram Goodbye To The Gallows e Blot, que considero serem as mais diversificadas e complexas musicalmente.

As restantes não me entusiasmaram assim tanto...

Automata II

Às vezes mais vale menos e melhor e este é um perfeito exemplo disso, Automata II, apesar de só ter 4 músicas, é a melhor parte deste álbum.
É nesta parte que vemos as verdadeiras cores desta banda, a sua capacidade musical, originalidade e talento para compor.
The Proverbial Below é toda ela bastante melódica e funciona muito bem como música introdutória, os solos de guitarra desta música são qualquer coisa de fenomenal.
Glide é a segunda música desta segunda parte e surpreendentemente introduz um acordeão e um piano e depois repentinamente muda para um som mais groovy e dançante, até ser interrompido pelas guitarras e bateria, acompanhadas dos screams que introduzem a terceira música, Voice Of Trespass, a minha  favorita de todo o álbum.

É em Automata II que percebemos realmente que esta banda não tem medo de correr riscos, nem de experimentar coisas novas.


Automata I e Automata II de acordo com a ideia da banda são um todo e funcionam como um todo, mas para mim Automata II é sem dúvida superior e mais complexo. 
Este é um álbum original que traz ideias novas e sons distintos aos que os Between The Buried And Me tinham na sua discografia.
Apesar de na minha opinião não ser tão bom como o anterior, a qualidade mantém-se.

Se estão fartos da música mais convencional, esta banda talvez seja o que andam à procura, o seu som é tudo menos convencional.
Esta não é uma banda que eu oiça com grande frequência, mas gosto bastante daquilo que fazem e às vezes apetece-me ouvir algo diferente e é nesses momentos que vou ouvir Between The Buried And Me e recomendo que façam o mesmo.