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Xplore The Classic: Slipknot - Self- Titled


Faz hoje precisamente 20 anos, desde que os Slipknot tomaram o mundo de assalto ao editarem o seu álbum de estreia Self-Titled.
Na altura do seu lançamento, ninguém esperava este tipo de sonoridade, muito menos esta imagem de 9 mascarados que ficará para sempre associada a esta banda icónica que se manteve até à actualidade no topo de bandas de referência e que desde o dia 29 de Junho de 1999, toca repetidamente em rádios, aparelhagens e actualmente em streaming e faz com que os seus "maggots" façam headbang em todo o mundo.
Mas o que tem este Self-Titled de tão especial para ser considerado um clássico? Além de ainda hoje ser ouvido e ser um dos álbuns que introduziu muita gente no Metal é considerado um álbum de rutura. 
Em 1999 ninguém estava a fazer o que os Slipknot fizeram, trouxeram inovação, diversidade e agressividade ao metal que existia até então.
Este é um álbum que desde o início ao fim não pára, a capacidade vocal de Corey Taylor é incontestável logo desde este álbum, a bateria de Joey Jordison mostra uma agressividade e rapidez completamente diferente do que se fazia até então e temos de ter ainda em conta que para além de Jordison que é ainda hoje considerado um dos melhores bateristas do mundo temos dois percursionistas Chris Fehn e Clown que dão uma densidade ainda maior à sonoridade desta banda. Depois nas guitarras Mick Thompson e James Root com riffs incríveis e solos que nos deixam de boca aberta sempre a rasgar ao longo deste álbum. O baixo do eterno e icónico Paul Gray e claro os teclados de Craig Jones e o scratch do DJ Sid Wilson, penso que até então Metal e DJ não se misturavam pois bem os Slipknot arriscaram e resultou na perfeição numa sonoridade que ainda hoje é reconhecível como sendo só deles.
Neste mesmo ano, saiu o Risk dos Megadeth, o S&M dos Metallica, o Colony dos In Flames, o Endorama dos Kreator, o Times Of Grace dos Neurosis, o Hatebreeder dos Children Of Bodom, entre tantos outros grandes lançamentos... Mesmo assim este álbum de estreia dos Slipknot atingiu o 51º na Billboard 200 e garantiu-lhes dupla platina e acreditem ou não, é o seu álbum com mais vendas até hoje.
O facto de terem 9 músicos em palco mudava completamente a forma como esta banda actuava comparativamente às bandas da altura. 
Os seus espectáculos tal como ainda hoje, eram descritos como caóticos e completamente diferentes de todas as bandas que existiam. 
Quebraram as normas e romperam com os canônes musicais e assolaram por completo o panorama musical na altura em que se estrearam começando a construir o legado que têm hoje.



Spit It Out, Eyeless, Wait And Bleed, (sic), Surfacing, Prosthetics, este álbum é uma masterpiece e tem algumas das melhores músicas já lançadas pelos Slipknot.
Quer sejam considerados Metal, Nu Metal ou o que lhes queiram chamar é inegável o legado deixado por esta banda de IOWA, na altura composta por #0 Sid Wilson (dj), #1 Joey Jordison (baterista), #2 Paul Gray (baixista), #3 Chris Fehn (percussão e backing vocals), #4 James Root (guitarrista), #5 Craig Jones (teclista), #6 Shawn "Clown" Crahan (percussão e backing vocals) #7 Mick Thompson (guitarrista) e #8 Corey Taylor (vocalista).
No dia 4 de Julho vou realizar um sonho, vou ver pela primeira vez esta banda ao vivo no VOA Heavy Rock Fest e por essa e tantas outras razões decidi prestar esta homenagem a este que é para mim um dos mais icónicos álbuns e sem dúvida um dos meus favoritos.