o blog mais pesado

FINAL VEREDICTUM: Motionless In White - Disguise

Data de lançamento: 06/06/2019

Editora discográfica: Roadrunner Records


Passado tanto tempo mas ainda no ativo. Algo que se aplica plenamente em relação ao blog e à banda.
Motionless In White são uma banda da Pensilvânia de Metalcore e que recentemente tem mudado a sua sonoridade para algo parecido com as grandes bandas de Nu-Metal dos anos 2000. Optaram por um visual sempre aprimorado e cavernoso acompanhado com uma sonoridade igualmente tenebrosa. As suas semelhanças com Marilyn Manson ou Rob Zombie no quesito de apresentação são algo inegáveis por parte dos fãs e da crítica. No último album, o Graveyard Shift, eles tinham metido um pé no Nu-Metal com algo parecido com os antigos albuns de Korn. Será que a sua passagem é definitiva com este álbum, ou eles voltaram às raizes de metalcore?

O BOM:

MIW estão mais familiarizados que nunca com elementos agradáveis dentro de um subgénero que é tantas vezes visto como desagradável como o Nu-Metal. Inegável a influência dos que já referi. Rob Zombie parece ter escrito ou composto a nona música do álbum "Broadcast From Beyound the Grave". Tivemos também uma pequena "participação" de Corey Taylor na faixa Thoughs and Prayers, visto parecer-se uma faixa dos Slipknot. O vocalista Chris Motionless é sem dúvida um dos melhores vocalistas que para aí anda e dá cartas nesta faixa, apesar de eu achar o refrão vazio e desinspirado. 
Já Marilyn Manson terá influenciado Undead Ahead 2, umas das minhas faixas favoritas do álbum. 
Nota-se também influência inegável mas discutível em termos de qualidade na faixa <\c0de> que se assemelha tanto a trabalhos de um Linkin Park com um Chester mais agressivo e "pintalgado". Para uns será uma agradável surpresa, como foi o meu caso. Para outros será um insulto a todo um catálogo tão diferente do que eles fizeram aqui. Eu achei que toda esta onda meio épica presente na faixa estava distinta mas não gostei do começo onde introduzem os sintetizadores. De resto, perfeito e uma das minhas faixas favoritas. Gostava de ver mais músicas assim no catálogo destes senhores que provaram ser capazes disto.

O MAU:  

Com grande poder, vem um album medíocre. Sim, este album apresenta elementos que me fazem querer voltar para os anos 2000 pela nostalgia. Traz esses elementos todos e adapta-os numa das obras mais desinspiradas de MIW. Tenho bastante pena de faixas como Brand New Numb ou Headache terem saído tão vazias e sem inspiração nenhuma. Quer dizer... "shut up" preenche toda a bridge da musica. Eu já não sou um rapaz de 15 anos que acharia isto fixe.
Senti que o álbum é um álbum de transição, e nada mal acerca disso... se o último não o fosse.






Como álbum, é um dos mais fracos da discografia de Motionless In White que cada vez têem mais problemas em aparecer com uma sonoridade distinta ou reforçada. Parece que não se decidem. 
Acho que devem dar o "salto" de uma vez porque todos os sons demonstram uma experiência que eu já vejo desde 2014 com o Reincarnate. Acho que tem de o fazer o quanto antes porque estão a perder o interesse dos fãs mais antigos que não estão a processar bem esta nova música, mas não estão a ganhar novos fãs com um salto tão desorganizado e cheio de medo. 
Dou-lhes três skulls pelos que acertaram e o meio é pelos que tentaram. 11 faixas de experiências que poderão dar muito certo num futuro. Tomara que sim. Fiquem atentos que nós também.