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FINAL VEREDICTUM: TRAUMA - I PREVAIL

Ora cá estamos nós para mais uma FINAL VEREDICTUM, e desta vez trago um album de uma das bandas que eu mais queimei a língua. Falo-vos de I Prevail que lançaram o seu mais recente album "Trauma" lançado em março pela Fearless Records.

I Prevail é a banda sensação de metalcore desta geração, ou pelo menos foi o que eu ouvi dizer. Comparam-nos a A Day To Remember e a Wage War e não são estapafurdias, estamos perante uma banda excelente de metalcore. Preve-se também o melhor album da sua curta discografia.
É esperar para ver.




O bom:

Não sou muito fã de dubstep no meio de musicas metalcore e houve lá uma altura em meados dos anos 00's que era isso o metalcore schene. I Prevail bebeu sempre dessas influências e transferiu-as sempre para uma sonoridade mais metal infused, o que despertava sempre uma ligeira legião de fãs. Eu por acaso fugi um bocado disso, ainda para mais sabendo que o seu maior hit do album de estreia era um cover de Taylor Swift. Achei uma tentativa de marketing feia e fora do que se devia de fazer, acabei então por desistir da banda. Mas com o TRAUMA, I Prevail vieram redimir-se de antigas fórmulas e entregaram logo na primeira faixa "Bow Down" uma musicalidade mais frenética do que eu estava habituado, com infusões do que de melhor se fazia dentro do género como o chug a'chug que agora é sinónimo de riffs pesados e muito gesso. E juro que aquele micro espaço entre Bow e Down faz toda a diferença. As faixas mais suáves ouvem-se bastante bem e por si, cada uma delas dava um single bom, nunca subindo o patamar. Temos técnicas mais fora da caixa, o que me impressionou bastante e deu uma lofada de ar fresco ao género que parece tão saturado com musicas como Rise Above It e Hurricane que, respetivamente, tiram elementos do Trap e do House. Uma agradável surpresa.

O mau:

Mas o album em si não é um album pesado na sua génese, tendo logo a seguir a faixa Paranoid que é muito mais parada e reflectiva com um pé mais comercial e vejo ali influências das trends como 808's e muita computação. Estamos à frente de um álbum completamente "all over the place", tanto estamos a ouvir uma música pesada como Bow Down como temos duas musicas calmas, a Paranoid e a Every Time You Leave.
As letras são desinspiradas e pouco originais mas a performance ainda as salva por pouco.




Vale pelas novas técnicas e pela experiência em trazerem músicas pesadas e ligeiras dentro de um album diverso. Ainda assim, num todo, o album é fraco e desinteressante com encaixes previsíveis que nem os novos elementos foram capazes de esconder.