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Final Veredictum: Bury Tomorrow - Black Flame (Deluxe Edition)


Os Bury Tomorrow são actualmente uma das bandas mais promissoras de Metalcore da atualidade.
Vindos do Reino Unido, mais propriamente de Southampton, Hampshire, a banda é composta por Daniel Winter-Bates, o vocalista, Jason Cameron, guitarra ritmica e vocalista secundário, Davyd Winter-Bates, baixista, Kristan Dawson, guitarrista e Adam Jackson, baterista.
Álbum após álbum esta banda tem vindo a surpreender.
O seu último lançamento, Earthbound foi lançado em 2016 e trouxe-lhes alguma notoriedade, mas 2 anos passaram-se e já se sentia o desejo de que lançassem algo novo. Este este ano esse desejo realizou-se e a 13 de Julho foi lançado pela editora Music For Nations, Black Flame.

No less violent e Adrenaline introduzem este álbum da melhor forma, pois mostram a melhor qualidade dos Bury Tomorrow que é a sua capacidade de conseguir manter um bom balanço entre a agressividade e a melodia. Isto é conseguido, muito graças à participação de Jason Cameron que faz o clean singing dos refrões deixando as restantes partes vocais mais agressivas para o vocalista Daniel Winter Bates.
Black Flame foi o primeiro single a ser lançado e é também a música que dá nome ao álbum. Trata-se de um hino que além de estar muito bem escrito irá certamente funcionar na perfeição ao vivo, além disso o refrão é altamente contagiante:

"Lost soul in the unmarked grave
We have given a name
Black flame
In death we are all the same
Remain, black flame" 



Knife Of Gold mostra-nos uma técnica vocal diferente de Daniel Winter Bates é também um dos destaques deste álbum. É uma música com um registo mais agressivo do que o habitual para os Bury Tomorrow, e também uma das mais distintas da sua discografia.
The Age foi para mim a maior surpresa de Black Flame, começa com uma guitarra que é interrompida pelos vocals agressivos de Daniel, mas é o refrão de Jason Cameron que se destaca.
Na minha opinião, esta música tem várias parecenças com Cemetery, a minha música favorita do álbum anterior e The Age é uma das minhas favoritas deste álbum.


Overcast é a penúltima música do álbum e a menos pesada e é maioritariamente cantada por Jason Cameron e por isso, também mais melódica do que tudo o resto que aqui se encontra.
A versão Deluxe Edition editada este ano (2019) traz-nos uma música adicional Glasswalk, que tem um refrão catchy, bons riffs e cleans de Jason Cameron e um excelente breakdown onde ouvimos os guturals fenomenais de Daniel.
Na minha opinião foi uma excelente adição ao álbum tal como Devill's Calling foi na Deluxe Edition do álbum IRE dos Parkway Drive, editada em 2016, tal como esta versão Deluxe, um ano após o lançamento da versão original.
Além de Glasswalk, esta Deluxe Edition inclui ainda versões ao vivo de Black Flame, No Less Violent e The Age gravadas num concerto da banda em Londres, mimos que qualquer fã da banda aprecia.


Black Flame é um bom álbum de Metalcore, não traz nada de novo ao género, mas permite-nos ouvir os Bury Tomorrow a experimentar novas técnicas e a trazerem diversidade à sua música.
Consegue manter a agressividade de álbuns anteriores e ampliá-la em alguns momentos 
Graças a uma maior participação de Jason Cameron, que em Black Flame é um elemento chave, os Bury Tomorrow são capazes de conciliar melhor as partes agressivas e melódicas neste disco.
Ao vivo os Bury Tomorrow são incríveis, eu vi-os no Resurrection Fest em Espanha e adorei. Têm uma relação com o público excelente e tratam-nos de igual para igual e o seu principal objectivo é garantir que tenhamos o melhor espectáculo possível e que não estamos parados em momento algum. 
Têm um potencial enorme e conseguem fazer grandes músicas de Metalcore, altamente recomendados, vão ouvir os álbuns mais antigos também, não se vão arrepender.
Para quem gosta de bom Metalcore é sem dúvida uma banda à qual devem ficar atentos de futuro.