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Final Veredictum: LACRIMAS PROFUNDERE - Bleeding The Stars



Como fã de Gothic Metal e antigo Emo de carteira, nunca poderia deixar de lado este lançamento. Lacrimas Profundere é daquelas bandas que me faz lembrar a minha banda favorita: HIM. E as semelhanças, e neste caso, influências, porque curiosamente HIM foi buscar muitas inspirações desta banda, só me agradaram. No entanto este álbum pega um bocado mais fundo no seu lado rock, deixando a berraria para outros capítulos onde o Doom era mais evidente.

Lacrimas Profundere é uma banda germânica de doom/goth/death metal. Já andam nestas andanças desde 1993 e com a idade vem a mudança, onde já adotaram uma sonoridade mais radio friendly. 
Bleeding The Stars é o seu 12º album de estúdio. Será que neste álbum eles voltam atrás para um ambiente mais doomy gothic? Ou continuam em força nos rock charts?



Quem se fica pela primeira música vai achar que eles não estão a esquecer o público antigo. I Knew And Will Forever Know é um bom som com elementos carregados de Doom com baldes de Gothic a fazer lembrar bandas como Katatonia ou Paradise Lost. Uma surpresa para quem só acompanhou os singles que saíram.

Musicas como Celestite Woman e Like Screams in Empty Halls fazem lembrar antigos trabalhos de HIM e Mother Of Doom parece ter sido escrita para a banda agora extinta de tantas semelhanças que tem a um sucesso chamado "Venus Doom". Como é obvio, eu adorei essas semelhanças e a escrita e interpretação do vocalista Julien Larre é excepcional, sendo uma estreia de ouro. Estou bastante agradado com a escrita da banda, as musicas como peças únicas estão bastante coesas e possuem força.

Não tenho grande coisa a apontar de mal a não ser a organização do álbum. Sinto que é um pára-arranca de uma mixórdia de singles que em nada se conectam a não ser no tema e na banda que os canta. Sinto que as transições são abruptas e pouco coerentes. Foi-nos prometido também um album que entregaria uma atmosfera gotica similar aos seus albuns mais antigos, nisto não acreditem. É um problema quando as bandas tentam fazer equilibrismo entre elementos que deram certo com o seu som de origem. Aqui optaram por uma visão mais moderna do gothic metal e gothic rock que está muito bom mas não é de todo um "regresso às origens".



É um excelente álbum e fez-me lembrar e muito as boas altura de Antiadore que eu tanto gostei na altura pela sua leveza. Hoje são uma banda nova e mais madura com uma escrita tão graciosa quanto simples. É um bom álbum que vai agradar aos gothic rockers que ainda andam por aí com heartagrams no pescoço ou tatuados no braço. Tenho é más noticias para quem queria ouvir um Memorandum 2.0 sendo que só há uma ou duas musicas que resgatam esse espírito num pequeno tributo pouco focado.
Bem, agora perdoem-me mas vou ouvir HIM até o dia acabar.