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Final Veredictum: Shadow Of Intent - Melancholy



Eu já ouvi este álbum inúmeras vezes e hoje enquanto estava no autocarro pensei para mim mesmo, tenho que fazer review deste Melancholy, um álbum deste calibre tem de estar no Not'Abaixo pois bem é com orgulho que vos trago mais um Final Veredictum e desta vez e a fazer a sua estreia no Not'Abaixo temos os Shadow Of Intent com o seu Melancholy.


Melancholy é a incrível faixa que abre o álbum com um build up orquestral intenso e que me arrepia logo a espinha até que entram de rompante os guturals que são de cortar à faca e transmitem um negrume imenso, contrastando com os cleans do refrão e as dinâmicas de piano também aqui presentes.
Segue-se um incrível solo de guitarra onde é visível a técnica e versatilidade.
 Derramam riffs intensos e que prendem o ouvinte dando aso a inúmeras audições. A música termina da mesma forma orquestral com que começou.



Gravesinger mais uma música com um enorme build up desta vez feito através da percussão aliada a um coro que é irrompido mais uma vez pelos guturals surpreendentes de Ben Duerr que através de diferentes técnicas mostra toda a capacidade vocal que possui com Death screams, Fry Screams e Guturals vindos das profundezas do seu ser.
Não posso deixar de referir mais uma vez a incrível capacidade técnica a nível instrumental que mais uma vez esta banda demonstra quer seja no baixo, guitarra ou bateria o quarteto é exímio em todos os departamentos.
Para que tenham a noção da técnica utilizada vou  deixar aqui um playthrough desta música pelo incrível Anthony Barrone, baterista dos Shadow Of Intent:


Barren and Breathless Macrocosm conta com a participação de Trevor Strnad dos The Black Dahlia Murder e que casamento destrutivo que é a junção das vozes destes 2 pesos pesados uma faixa cataclísmica onde é derramado peso do início ao fim da música.
Tanto a nível vocal como instrumental como vocal, sem dúvida uma música incrível.


Underneath a Sullen Moon começa logo a rasgar e está é mais uma excelente demonstração de peso combinado com melodia.
Mais uma vez riffs poderosíssimos, um baixo a derramar peso e uma bateria que acompanha sonicamente os outros instrumentos e voz com uma agressividade incrível e bem demarcada.


Oudenophobia abranda um pouco o ritmo começando com um registo acústico que é acompanhado de gutural e de repente nos assola novamente com todo o peso desta banda.
Quem diria que Screams e acústico iria resultar tão bem? Incrível combinação que resultou na perfeição.
Tem também o meu Hook favorito do álbum inteiro:

"Dark surrounding me, black is all I see
This won't contain me
Is this just a dream?
I can't feel a thing
This dark surrounding"


Segue-se Embracing Nocturnal Damnation com mais um épico crescendo.
A banda funciona como um todo de forma orgânica e isso nota-se a cada nota que é tocada existe um grande cuidado na construção musical de cada uma das músicas e isso reflete-se no resultado do produto final que é incrível.
Está é mais uma música super técnica, rápida e com um peso de tirar o fôlego, já para não falar no solo de guitarra que aqui se insere na perfeição...



Dirge Of The Void é mais um derramar de peso vindo do submundo irrompendo-nos logo com os cataclísmicos Death Screams de Ben Duerr logo às primeiras notas dadas pela guitarra pelos nossos ouvidos.
Pesadíssimo Breakdown o que aqui encontramos que apesar de estar sentado num café a fumar um cigarro, enquanto escrevo esta review dá-me vontade de largar tudo e começar a mandar rotativos como se estivesse no Pit no gig de Shadow Of Intent.



Chtonic Odyssey é uma verdadeira viagem, uma odisseia de beeakdowns e riffs pesadíssimos, acompanhados de antémicos Screams que nos fazem crer gritar a plenos pulmões e fazer headbang até o nosso pescoço não aguentar mais.



The Dreaded Mystic Abyss é a música mais surpreendente de todo o álbum 10 minutos e 27 segundos de orgásmico peso instrumental que nos faz viajar para um lugar bem longe, uma sensação indescritível, que só quem ouvir vai poder experienciar.



E por último e a fechar o álbum Malediction,
uma música incrível que nos prende do início ao fim e que mostra em todo o seu explendor o peso que esta incrível banda consegue trazer.
Riffs incríveis e múltiplos solos de guitarra com beeakdowns fortíssimos, um chorus antémico, acompanhado de asfixiantes screams revestidos de múltiplas técnicas vocais, belíssimos toques de piano melodiosos, bass lines brutais e pesadíssimas e uma bateria pujante do início ao fim.
Uma música verdadeiramente magnífica que encerra este Magnum Opus e álbum capaz de re-definir um género em pleno século XXI com uma imensidão de peso contagiante.


Por todas estas razões o meu Final Veredictum só podia ser um...

Este é sem sombra de dúvidas não só o melhor álbum de Deathcore que ouvi este ano como é para mim até agora o melhor álbum do ano e sim assumo toda a responsabilidade nas minhas palavras e todo o peso que acarreta esta minha afirmação num ano de excelentes lançamentos como tem sido 2019, parece supérfluo afirmar que uma banda de underground tenha o melhor álbum lançado até agora, mas na minha opinião ainda não houve nenhum álbum que me transmitisse tanto como este Melancholy dos Shadow Of Intent, um álbum que desde o seu lançamento que se tem mantido na minha playlist e que não tenho a menor dúvida se manterá por vários anos.
Assim que possível quero comprar este CD e peço a pés juntos que haja um promotor que os traga a Portugal pois estes senhores merecem estar no topo, tendo em conta o que nos trouxeram com este álbum.
Estas não são palavras vãs de um fã acérrimo da banda, até porque apenas descobri esta banda através do seu anterior lançamento em 2017, intitulado Reclaimer, que já era muito bom mas este Melancholy não só ultrapassou como excedeu todas as expectativas e para mim é sem dúvida até agora o definitivo candidato a álbum do ano.