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Xplore The Classic: Megadeth - Youthanasia


Há 25 anos atrás no dia 1 de Novembro de 1994, os Megadeth lançaram este Youthanasia, o único álbum de Megadeth que possuo na minha coleção de CD's e que considero ser um dos álbuns que melhor exemplifica a diversidade em termos de sonoridade que os Megadeth possuem .
Youthanasia é o sexto álbum de estúdio da banda liderada por Dave Mustaine, o sucessor do quarto Rust In Peace e do anterior Countdown To Extinction, seria difícil superar estes 2 incríveis álbuns mas também não acho que esse fosse o intuito da banda.
Youthanasia mostra um lado mais experimental e diversificado mas com a sonoridade que é automaticamente identificável como Megadeth.


Reckoning Day, Train Of Consequences e Addicted To Chaos são a tríplice de músicas que dão início a este álbum e aqui apesar de termos riffs pesados e velozes característicos, temos também algumas descidas de tempo que ajudam a trazer novas camadas às músicas. Train Of Consequence começa com bastante distorção de guitarra e mantém um ritmo constante ao longo de toda a música até ao solo que se encontra no meio pela mão de Marty Friedman e alimentada pela bateria de Nick Menza.


Addicted To Chaos apesar de manter uma sonoridade parecida com as anteriores, liricamente quase que nos prepara para a música que lhe sucederá e sem dúvida entre as 3 para mim é a que se destaca mais quanto ao seu líricismo, sendo que adoro principalmente esta estrofe:

Light shined on my path
Turn bad days into good
Turn breakdowns into blocks,
I smashed 'em 'cause I could
My brain was labored, my head would spin
Don't let me down, don't give up, don't give in
The rain comes down, cold wind blows
The plans we made are back up on the road
Turn up my collar, welcome the unknown
Remember that you said
One day you'll walk alone

Já a quarta música de Youthanasia é a incrível balada A Tout Le Monde, uma das músicas de maior sucesso a nível mainstream pela banda agradando tanto aos fãs de Metal como ao resto da população.
Uma canção de despedida bem sentida e com a introdução de um chorus em francês, o que há para não gostar? O melhor é calar-me e deixar-vos ouvir esta incrível música: 



Após The Killing Road e Blood Of Heroes, Family Tree volta a reduzir a intensidade e para mim é nestes momentos diferentes que este álbum brilha, eu se quiser ouvir o Thrash incrível dos Megadeth oiço o Rust In Peace ou o Countdown To Extinction, mas este Youthanasia mostra um outro lado de uns Megadeth que estavam a embrenhar-se por novos territórios sonoros e nesta música e outras que fazem parte deste álbum isso é algo bem notório.
Destque nesta música também para o baixo de David Ellefson, que aqui nos garante umas grandes bass lines.


A faixa titulo do álbum volta ao Thrash mais pesado tanto que fez a minha mãe gritar "OH LUÍS METE ISSO MAIS BAIXO!". É assim que sabemos que uma música é boa. (Eu não meti mais baixo.)
Não posso deixar de referir aqui a agressividade nos riffs de Friedman que mais uma vez explodem num momento intermédio da música e são sempre acompanhados pelas pesadas pancadas de bateria de Menza.
A voz de Mustaine nestes primeiros álbuns estava no seu prime e isso é algo que se ouve claramente na antémica I Thought I Knew It All, uma daquelas músicas que nos faz querer entoar cada letra a plenos pulmões.


Black Curtains e Victory encerram com o mesmo tom que começou clássico Thrash Metal e estas são mais duas grandes músicas de uma banda com uma louvável e icónica carreira e que apesar de na sua discografia ter pontos altos e baixos deixa um legado incrível para que todos os metaleiros se deliciem com a voz acutilante e afiada de Dave Mustaine.

Apesar de a meu ver não ser tão bom como Rust In Peace ou Countdown To Extinction, Youthanasia é um grande álbum que mostra um lado mais experimetal de uns Megadeth que já em 1994 não tinham medo de arriscar.