Final Veredictum: Twin Seeds - Red Powder & Empty V - Mus-Pri
Aqui no Not'Abaixo estamos sempre à procura de sonoridades diferentes e fora da caixa e é isso mesmo que tanto os Twin Seeds como os Empty V nos trazem com a sua música.
Red Powder começa com uns toques de bombo e baixo e depois dá espaço para que a guitarra entre subtilmente.
Na segunda música, O regresso dos corvos, já ouvimos mais algum experimentalismo com novas técnicas e uma bateria que sobressai.
A banda demonstra técnica mas a nível de construção musical existem algumas partes que me parecem um pouco desconexas e que não fluem tão bem.
No entanto, gostei especialmente da última parte da música que termina com uma excelente dose de Shred de guitarras.
A faixa-titulo Red powder começa com um build up e deixa-nos na ânsia de saber onde vamos ser levados...
Temos um break que dá lugar a uma valente dose de experimentalismo entre calmaria e momentos mais rápidos.
Ao contrário da anterior, os riffs que aqui encontrei cativaram-me mais do que na anterior e como um todo penso que e uma música mais bem conseguida.
Parallel Knight quanto à sua construção musical caracteriza-se por ser simultâneamente mais Rock'n'Roll, melódica em alguns momentos e com algumas tendências de Metal Progressivo, o que me agradou bastante confesso.
Mas para mim a música que mais me cativou de todo o EP foi mesmo a última, "In Bulgária I'm no stranger", é a mais pesada e também a música mais distinta de todas as que aqui encontramos.
Nesta música encontramos umas grandes bass lines e o facto de terem incluído ali uns toques de órgão que culminam num veloz momento de shred de guitarra fecharam o EP da melhor forma.
Gostava de vos mostrar esta música mas com muita pena minha não a encontrei nem no Youtube, nem no Spotify, por isso deixo o meu apelo para que a banda partilhe esta última música nas plataformas digitais.
Considero que os Twin Seeds ainda estão a dar os primeiros passos, encontro aqui bastante talento e capacidade para crescerem enquanto banda, aguardo pelo lançamento do álbum para ver o que mais nos conseguem trazer.
Mus-Pri é um álbum com uma forte componente instrumental aliada à electrónica.
São uma banda diferente dentro do panorama nacional que nos consegue transportar para outras dimensões inter-planetárias através da sua música.
Este álbum é não só uma combinação de groove e experimentalismo mas também um desfilar de riffs que não deixam de ser pesados, mas que nos trazem uma panóplia diversificada de sonoridades.
Nucleosynthesis abre o álbum e transporta-nos para outra dimensão com recurso a toques de electrónica e sintetizadores que ajudam uma roupagem mais futurista à música.
The Beginning continua a explorar estes sons electrónicos e sintetizados mas introduz, bateria, baixo e guitarra
Ao longo do álbum vamo-nos deparando com diferentes cenários sonoros sendo que em The Light Army, a sexta música do álbum aparecem pela primeira vez vozes no álbum, mas que não ofuscam a componente instrumental, a principal força da banda, mas sim complementam-na.
Sonic Boom tem uma agradável vibe industrial com riffs Djent e uma bateria bem marcada que me agradaram bastante, prendendo-me logo na primeira audição.
Directive One começa com um interlúdio mas logo nos arrebata com grandes riffs pesados que não me deixaram indiferentes, quanto à sonoridade fizeram-me lembrar um pouco Ash Is A Robot em alguns momentos da música.
Os Empty V encontraram a sua identidade sonora e mesmo que possamos fazer associações e é normal que o façamos, têm um estilo próprio e isso é algo que eu respeito bastante.
O processo criativo de composição e produção das músicas nota-se que foi um trabalho elaborado e quanto a isso não há nada a apontar.
Defcon 5 é outro dos pontos altos do álbum tendo um intenso build up de bateria e culminando em riffs interesantes e experimentais que conseguiram captar a minha atenção também à primeira audição.
Já para não falar do surpreendente solo de guitarra que aqui encontramos, totalmente inesperado.
