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FINAL VEREDICTUM: AUGUR - ANIFERNYEN

Estava eu muito bem a ouvir os meus cd's de Tool e de Nerve quando percebo que marquei fazer uma review hoje e confesso que não me estava a apetecer escrever - mas trabalho é trabalho.
Há uns meses fomos presentados com um email de uma banda chamada Anifernyen que dava conta do seu mais recente lançamento - Augur. Eu confesso que fiquei interessado e a banda logo me enviou o álbum para ouvir e lá andei eu a devorar aquele álbum durante algum tempo. Mas como o lançamento seria só passados uns meses, eu acabei por esquecer a review. Bem, hoje redimo-me com uma Final Veredictum digna deste "albumzorro" que para aqui vem. Um álbum conceptual (o meu estilo de album favorito) sobre o fim dos tempos. Se são fãs de Behemoth vão gostar do que trago aqui no bolso.


O álbum começa com a faixa homónima que estabelece um clima de terror e de fim dos tempos. Depois somos transportados para Tyrant. Eu não costumo ser muito fã de intros, mas esta faz toda a diferença. Tyrant é uma faixa muito isolada mas Black/Death Metal muito bom. Qualidade que eu ainda não tinha encontrado na tuga. Parabéns para quem editou porque realmente temos um trabalho de sonho aqui. A letra está um bocado simples demais, mas não vou exigir muito porque é altamente perceptível, o que é raro nos dias de hoje.
Estabelece também o início, divulgando logo a quem recorremos quando o tempo não mais existe e no fundo, quem convocou o fim dos tempos. Ou seja, um pequeno paradigma logo para iniciar.
 Seguimos então para Eldritch Moon que parece mais uma música Heavy Metal ou até Power Metal com umas fusões de Black. Está muito diferente e faz jus ao que pretende que é introduzir a ideia de conflito que a meio da faixa nos faz pensar que estamos no meio de uma batalha com batidas frenéticas e esmagadoras.
Dentro da história seria a invocação dos poderes lunares visto que tentamos convocar Deus e não deu em nada.
De destacar depois temos faixas como Graveborn ou Voleur D'Ames que estão só soberbas e nem vou falar mais nada para não vos estragar a surpresa. Só vou dizer que estão lá.
O álbum fecha com Neverlight, uma ode à escuridão que exalamos e que teremos de conter para nos salvar. É uma malha Black Metal com elementos de Death e até Groove. Está qualquer coisa.
A faixa final é um bónus chamado Deadite, é o nome dos principais antagonistas do conhecido filme Evil Dead.


 Eu para dar este tipo de notas é porque a obra que tenho à minha frente é diferente do que eu esperava ouvir, e para melhor. E depois de ouvir o EP deles de 2007, The Edge of Chaos, fiquei com a sensação que seria algo do género. Sim, tem elementos sonoros muito semelhantes. Mas os 7 anos de hiatus só fizeram bem. Excelente trabalho dos Anifernyen e um dos meus favoritos de Black Metal português.