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Final Veredictum: Mankind Grief - Inquisitor


Com tantos rumores e memes sobre a raid à Area 51, o Not'Abaixo tinha que analisar uma banda de Aliencore, pois bem, apresento-vos os Mankind Grief com o seu álbum Inquisitor.
A banda oriunda de Barcelona mistura influências de Aliencore e Deathcore na sua música. 
É composta por Isaac Green (vocalista), Francesc Gómez e Marc Fornies (guitarristas), Noah C. Rodriguez (baixista) e Josep Gómez (baterista).
Inquisitor termina com uma homenagem no booklet incluído com o álbum a Javi Alonso, um jovem que partiu cedo demais, mas que viverá para sempre através do legado deixado por este álbum e pelo trabalho dos Mankind Grief.
Inquisitor tem um artwork fantástico que nos permite imaginar todo o universo contido neste álbum, mas será que a música corresponde? Vamos descobrir...

Awaken é a primeira música de Inquisitor, uma faixa totalmente instrumental e onde já se nota a complexidade técnica que os Mankind Grief conseguem trazer para a sua música.
Worldeater é a segunda música do álbum e conta com a excelente participação de Fer, vocalista da banda espanhola de Slamming Deathcore, Cannibal Grandpa. 
Aqui existem imensos Pig Squeals, Death Screams e Low Growls abismais através dos quais as letras são expurgadas de forma imperceptível, uma característica comum ao Aliencore e que não me incomoda, mas para conseguir entender as letras de algumas destas músicas tive de recorrer ao booklet contido no álbum.
Os instrumentais são poderosos, complexos e têm uma sonoridade distinta daquilo a que estou habituado a ouvir, algo que me agradou bastante.


Segue-se Omniscient Times e agora é a vez de  Andrew da banda de Prog Metal, Shokran fazer a sua aparição em Inquisitor, uma excelente guest com cleans que contrasta com o peso gutural de Isaac Green, mas que resulta muito bem.
Aqui os vocals de Green já assumem mais a sonoridade Deathcore e não tanto o Aliencore que ouvimos na música anterior.
É uma música com excelentes composições instrumentais com bastante complexidade e riffs bastante técnicos, a bateria não pára e tudo isto funde-se na perfeição resultando numa sonoridade grotesca mas simultâneamente melodica, dependendo das secções da música.
Para mim a melhor música de todo o álbum.


Terminaram as guests e o álbum é carregado até ao final somente pela música dos Mankind Grief.
As transições de música para música seguem uma lógica e não existem transições abruptas o que é abrupto é após cada secção mais melódica no início das músicas levarmos com as vozes alienígenas que nos irrompem os ouvidos e isso sente-se logo em Infamous Acolyte uma faixa super pesada que apesar de me surpreender, não consegue a meu ver captar tanto a minha atenção como as duas músicas anteriores.
Origae-6 trata-se de uma faixa sinistra que serve para dar ambiência ao álbum e transportar-nos para o espaço sideral que inspirou os Mankind Grief ao longo de todo o álbum.
Dogma encerra o álbum. Foi com esta música que descobri os Mankind Grief e foi por isso que lhes propus fazer esta review. Esta é uma música como nunca ouvi, com uma agressividade sobre-humana e que mostra a capacidade técnica monstruosa que esta banda possui. O Breakdown que a encerra não é deste mundo e deixa-me sempre com vontade de repetir a experiência que é ouvir este álbum.



À semelhança de Thanos na trilogia de filmes da Marvel, Avengers, ao ouvirmos este álbum percebemos que este Inquisitor é uma criatura que surge no universo com o objectivo de obliterar a humanidade e erradicar do mundo todo o mal que nele reside.
Os Mankind Grief trazem um tema complexo e criativo algo que se revê no liricismo presente em cada uma das músicas de Inquisitor.
Para mim a segunda, a terceira e a sexta música são as mais bem conseguidas, mas as restantes mostram também grande inovação e algo diferente a que não estou habituado, apenas não têm o mesmo impacto que estas três tiveram.
A meu ver, os Mankind Grief provam que Aliencore não são apenas Memes e que existem muito mais bandas para descobrir para além dos reis deste género, Rings Of Saturn.
Este é um álbum complexo, portento, com uma ideia e um conceito bastante criativos, que simultâneamente mantém uma sonoridade bastante agressiva e com grandes técnicas instrumentais e vocais.
Agora cada vez que esteja a assistir um dos filmes da icónica saga de filmes, ALIENS já sei que banda ouvir depois, Mankind Grief, é que ouvir a sua música deve ser o mais perto que conseguimos chegar da experiência de ter um Necromorfo perto de nós, para além de jogar Alien Isolation, claro!