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Final Veredictum: PANACEA - SURFACE OF THE SUN


Dia 09 de Setembro, vindo de uma festa onde pouco me sentira bem, recebo uma mensagem de um dos membros da equipa Not'Abaixo que me expõe esta banda com o pretexto de saber o que eu gosto e de saber que vou gostar desta banda. Não vou mentir, muitas das vezes eu nem ligo a essas mensagens e a não ser que sejam mesmo amigos do coração, eu não ouço. E como estavam todas as condições requeridas, eu decidi lançar os meus ouvidos à exploração e fui-me meter a ouvir os trabalhos desta banda. E cá estou eu a analisar mais um álbum. Será que é algo de jeito? Será que é só papo furado?

Surface Of The Sun são uma banda canadense que já mostra atividade desde 2009. Tem na alçada um álbum e um EP. E são uma banda de metal/rock alternativo que bebe bastante de Tool e Perfect Circle e segundo o Facebook, é uma banda de um elemento só - Devon Eggers.



O EP começa com a música The Science Says que são cinco minutos de uma viagem bastante agradável por uma espiral de emoções. Estão aqui elementos de Tool como a experimentação da percussão e até os instrumentos e as afinações utilizadas. Está uma faixa vasta mas que se repete bastante por entre essa espiral que percorre. Pode ser de propósito ou não, não sei dizer, mas soa preguiçoso, sendo que a composição não o é - tornando isso um ponto demasiado dissonante.

A segunda música do EP é a Oblivion que é para mim a melhor música do trabalho do canadiano. Está pesada e dançante, técnica e agradável. Está o que os fãs de Tool queriam que o novo álbum soasse. Está uma junção perfeita entre Perfect Circle com Tool - tirando os vocais que me soam repetitivos mas parte de um ritual que neste caso contribui bastante para a aura da música.

The Silence é progressiva, é uma dança que vai pelos confins da razão e brinca com mudanças de tempo. É muito agradável e a música mais técnica do trabalho. Está uma música perfeita para mostrares àquele amigo que não se cala com o Fear Inoculum.

O EP termina com oito minutos de uma faixa homónima. Panacea é o mais progressivo que este projeto vai. É uma junção entre Parabola de Tool e muitos dos elementos de Surface Of The Sun. É mais melódico que as bandas de que bebe, talvez uma junção de Chevelle ali pelo meio. Está uma faixa interessantíssima e acaba o EP de maneira eximia. 



PANACEA é um trabalho rico e fortemente enraizado nas suas origens. Talvez seja esse o seu ponto mais fraco- é demasiado evidente as suas raízes. Estou admirado de tudo isto ter saido de só uma pessoa. E estou ainda mais admirado de não ser um trabalho conhecido, dado a altura em que saiu. Mais pessoas deviam conhecer este trabalho que é fenomenal.